Sanepar importa tecnologia para preservar meio ambiente de Guaratuba

Para assegurar a preservação do meio ambiente de Guaratuba, a Sanepar importou dos Estados Unidos um produto de alta tecnologia. Ao custo de cerca de R$ 500 mil, a empresa instalou três sacos de geotecido para fazer a contenção e desidratação do lodo de esgoto que estava armazenado na lagoa de tratamento primário.

A empresa tinha o desafio de encontrar uma solução ambientalmente correta para o lodo, pois necessitava esgotar a lagoa. A lagoa foi desativada no início de 2005 porque a Sanepar necessitava daquele espaço para construir o complexo da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), recentemente inaugurada. Estima-se que na lagoa ? que possuía 267 m x 108 m x 2,70 m – estavam acumulados 22 mil metros cúbicos de lodo, que é formado por água e parte sólida.

A Sanepar foi a primeira empresa na América Latina a usar esta tecnologia. Entre as alternativas para retirar do local e dar a destinação ambientalmente correta ao lodo, a Sanepar optou por usar sacos de geotecido, pela alta resistência e pelas propriedades de retenção. Além do tecido especial, a tecnologia estabelece a aplicação de um polímero que separa o material sólido da parte líquida. Por meio de pequenos poros é feita a drenagem da parte da líquida. Porém, os grãos do lodo biológico são retidos e acabam se tornando uma massa sólida. Cada saco tem 60 metros de comprimento, por 6,30 metros de diâmetro.

Quando o lodo foi bombeado para dentro dos sacos, 2% do total do volume era de sólidos e 98% de líquido. Atualmente, o material sólido representa 70% do volume retido. O processo de drenagem continua ocorrendo, naturalmente, porque os sacos ? também conhecidos por bags ? podem permanecer no local por cerca de oito anos. A partir daí, os sacos serão abertos e o lodo desinfectado e enviado para aplicação na agricultura.

Para fazer a transferência do lodo da lagoa para os bags foram necessários cerca de 60 dias. Os sacos eram preenchidos, aguardava-se a drenagem do efluente (parte líquida) para reiniciar o bombeamento. O efluente, em função do grau de pureza obtido, pode ser lançado no meio ambiente sem risco.

Em função dos resultados obtidos, a Sanepar pode vir a utilizar a mesma tecnologia em outros sistemas, onde necessite fazer a remoção e desidratação do lodo gerado nas estações de tratamento.

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