A Sanepar e a Universidade Federal do Paraná assinaram, nesta terça-feira, convênios para viabilizar o reflorestamento de 45 hectares de área no entorno da barragem do Iraí. O acordo foi firmado pelo presidente da Companhia, Stênio Jacob, e pelo reitor Carlos Augusto Moreira Júnior, que também inclui cinco cursos para professores, funcionários da Sanepar e detentos da Colônia Penal Agrícola.

De acordo com o plano de trabalho, serão investidos R$ 190 mil em pesquisas das espécies mais adequadas para a região e no plantio de 132 mil mudas. Para a realização dos cursos, que serão dados por professores da UFPR, a Sanepar vai investir outros R$ 56 mil. A previsão é executar as ações em oito meses.

Stênio declarou que a parceria com a UFPR também será estendida para as demais áreas de mananciais do Paraná. “Os resultados das pesquisas e a tecnologia desenvolvida serão aplicados nas demais regiões onde a questão ambiental é preocupante. Estamos saindo do discurso e fazendo ações de resultado prático para a sociedade”, afirmou.

Com o convênio, será possível implantar uma floresta no entorno do lago do Iraí, situado na Região Metropolitana de Curitiba, realizar estudo para identificar as espécies mais adequadas para a região, selecionar as mudas de acordo com o tipo de solo que vai recebê-las e ainda desenvolver tecnologia para salvar espécies localizadas em áreas a serem inundadas por novas barragens.

Essa tecnologia já começou a ser implantada pela Sanepar, que já está transplantando mudas e árvores da região onde está sendo construída a represa do Piraquara 2, para a área do Iraí. “O conhecimento está saindo das salas de aula e sendo aplicado em ações concretas”, disse Moreira, ressaltando o papel desempenhado pelos professores da instituição.

Cursos

Nos cinco cursos previstos pelo convênio, serão ofertadas 240 vagas. Para os internos da Colônia Penal Agrícola serão abertas 40, nos cursos de Fruticultura e de Plantas Medicinais, Condimentares e Aromáticas. Segundo o professor da UFPR, Luiz Antônio Biasi, “os detentos poderão aprender uma profissão e, com isso, ser reintegrados mais rapidamente à sociedade, quando saírem da Colônia”.

Os demais cursos são: Educação Ambiental para professores da rede pública estadual de Curitiba e Região Metropolitana, Educação Ambiental para gestores municipais e Gestão Ambiental para funcionários da Sanepar. Na Sanepar, a coordenadora do projeto é a diretora de Meio Ambiente e Ação Social (DMA), Maria Arlete Rosa. Stênio lembrou que “o governador incumbiu a DMA de desenvolver as atividades necessárias para atender uma demanda gigantesca de recuperação ambiental do Paraná”.

Das atividades previstas nos dois convênios também participam o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Embrapa, Emater, Colônia Penal Agrícola, prefeituras de Quatro Barras, Pinhais, Campina Grande do Sul, Colombo e Piraquara, Fundação Estadual de Cidadania, Funpar, Mater Natura, e Instituto Agronômico do Paraná (Iapar).

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