Projeto, desenvolvido pela Itaipu, com apoio da Sanepar, vai reduzir os índices de poluição gerados pelas atividades de suinocultura e de criação de gado leiteiro na região de Toledo. Para discutir o Projeto da Microbacia do Rio Toledo reuniram-se, nesta segunda-feira (04), o presidente da Itaipu Binacional, Jorge Samek, o presidente da Sanepar, Stênio Jacob, e a diretora de Meio Ambiente e Ação Social da empresa, Maria Arlete Rosa. O diretor de Coordenação da Itaipu, Nelton Friedrich, também participou do encontro.
O projeto prevê a construção de uma estação coletiva de tratamento de dejetos, a ser gerida pela associação dos produtores rurais da região. ?Dessa forma eles podem se adequar às exigências ambientais e desenvolver suas atividades de forma sustentável?, explica Maria Arlete.
Existem cerca de 13 mil suínos na região. Os dejetos produzidos por cada um desses animais equivalem ao produzido por quatro pessoas. Com a construção da estação os dejetos deixam de contaminar os rios e o tratamento desse esgoto vai evitar que 18 mil toneladas de gás carbônico sejam lançadas na atmosfera, contribuindo para a diminuição do efeito estufa.
A estação vai tratar um volume de esgoto equivalente ao de uma cidade de 52 mil habitantes. Por meio de um mecanismo que quantifica o volume de gás carbônico queimado, a associação de produtores pode, ainda, ter acesso a créditos de carbono. Os créditos são uma forma de incentivo financeiro para produção de energia limpa, adotado a partir do Protocolo de Kyoto.
?O crédito decorrente dessas 18 mil toneladas de carbono queimadas ao ano irá permitir a manutenção da estação?, explicou Samek. Segundo o presidente da Itaipu, nunca um governo teve a preocupação com o meio ambiente como o atual.
Para Maria Arlete, ?o mais inovador desse projeto é o envolvimento do setor público no incentivo aos pequenos produtores para a proteção do meio ambiente. Daremos todas as ferramentas e assistência técnica necessárias para que a estação entre em funcionamento o mais rápido possível?.
