Sanepar bate recorde na construção de poços em aqüíferos do Paraná

Apenas no ano de 2004, a Sanepar construiu 156 poços para extrair água subterrânea e, com ela, abastecer a população paranaense, residente em zona urbana e rural. Este número é o maior da história da empresa, uma vez que, na média, nos últimos 20 anos, foram construídos 50 poços ao ano. O investimento foi de R$ 7 milhões.

"Os 156 poços, perfurados em 101 municípios, fornecerão água de excelente qualidade para até 456 mil pessoas", garante o geólogo João Horácio Pereira, responsável pela Unidade de Serviços de Hidrogeologia da Sanepar. Segundo Pereira, com os novos poços a empresa consolida sua posição no gerenciamento de mananciais subterrâneos. Ele explica que, para interligar os poços, a Sanepar necessita, agora, fazer os projetos e obras de engenharia que permitam levar a água até o consumidor.

O aproveitamento da água subterrânea decorre de uma série de motivos, entre eles, as pesquisas que a Sanepar desenvolve nos aqüíferos do Paraná. "Por meio dos estudos técnicos, a empresa vem conseguindo resultados muito positivos em volume e em qualidade", afirma Pereira.

Ele argumenta que outro fator é o crescimento populacional, que exige maior oferta de água de boa qualidade. Em algumas regiões, não há mananciais superficiais (rios e minas) capazes de atender à demanda. "Em outras, há água na natureza, mas a qualidade está comprometida com o abastecimento público".

Atualmente, a Sanepar mantém em operação 835 poços em 277 municípios. Eles são operados pela empresa e, de acordo com Pereira, abastecem com água de excelente qualidade 1,3 milhão paranaenses. A água extraída dos aqüíferos está atendendo moradores de sedes e distritos municipais. A Sanepar também disponibilizou às prefeituras cerca de 1.450 poços para suprir as comunidades rurais do Estado, o que representa 76% das águas que abastecem sistemas rurais.

Perspectiva

Para 2005, a previsão é construir mais 150 poços, em áreas urbanas e rurais. Somente no Aqüífero Guarani, os investimentos com recursos próprios e da Caixa Econômica Federal serão de R$ 6,5 milhões e R$ 7,8 milhões, respectivamente.

Outras ações previstas para este ano são o monitoramento das condições de exploração dos poços, avaliação hidráulica e realização de novas pesquisas e estudos nos aqüíferos paranaenses, em especial no Guarani.

A Unidade também manterá uma atividade extremamente importante para o meio ambiente, que é o lacre e tamponamento de poços perfurados e que não puderam ser aproveitados para o abastecimento público. "Se deixados abertos, estes poços podem servir de porta de entrada para a contaminação dos aqüíferos", ressalta Pereira

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