A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou no meio da semana os resultados duma sondagem prevendo o aumento médio de 8% na capacidade industrial instalada ao longo de 2007. Um dado a estudar é que a expansão prevista para o exercício atual é rigorosamente igual à do ano passado.
Para o período 2007 e 2009, contudo, a média do alargamento da capacidade industrial instalada, segundo o planejamento do setor, ficou em 19%, antecipando uma concreta intenção de aumentar investimentos na área da manufatura.
O setor de bens de capital está mais otimista, estimando uma expansão de 25% até o final da década. A FGV chegou ao percentual levando em conta os planos de investimentos das empresas mais representativas do segmento. A sondagem da instituição foi feita com 462 empresas durante o mês de janeiro.
No entanto, os empresários ouvidos não mudaram os pontos focais do discurso sobre os entraves ao crescimento da economia. A carga tributária continua sendo o vilão implacável, de acordo com 65% das respostas tabuladas, aparecendo com menor destaque as reclamações sobre as taxas básicas de juros, em processo de declínio, e a precariedade do ambiente institucional interno.
É a velha história: antigos sambas e marchinhas de carnaval estão sempre na berlinda.