O saldo das trocas comerciais realizadas em 2004 entre o Brasil e os demais
países do Mercosul (formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) foi o
maior desde a criação do bloco, em 1991. O país exportou US$ 8,91 bilhões para
os parceiros e importou deles US$ 6,39 bilhões, o que produziu um saldo positivo
recorde de US$ 2,51 bilhões. Em 2003, o saldo havia sido negativo: US$ 12,9
milhões.

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O saldo positivo nas negociações com o Mercosul representou 7%
do saldo comercial total brasileiro obtido em 2004, que atingiu US$ 33,69
bilhões. A Argentina, no ano passado, foi o país do bloco com o qual o Brasil
obteve maior superávit (saldo positivo) nas negociações comerciais, US$ 1,8
bilhão (US$ 7,37 bilhões em exportações e US$ 5,57 bilhões em importações) –
71,4% do superávit total alcançado nas negociações brasileiras com os países do
Mercosul.

As negociações com o Paraguai geraram saldo positivo de US$
574,01 milhões (US$ 871,84 milhões em exportações e US$ 297,82 milhões em
importações), 22,8% do superávit total Brasil-Mercosul. Já o comércio com o
Uruguai rendeu saldo de US$ 144,17 milhões (US$ 667,04 milhões em exportações e
US$ 522,86 milhões em importações), 5,8% do superávit total.

Para o
diretor da Secretaria do Mercosul, o brasileiro Reginaldo Braga Arcuri, embora
os outros países tenham tido participações expressivas, os negócios brasileiros
no Mercosul merecem ser destacados, especialmente a balança comercial positiva,
"mas isso é uma coisa razoavelmente natural, porque o Brasil é na verdade,
digamos, algo como 70% da economia da região", afirma o diretor.

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