Saldo comercial do agronégocio no ano é recorde, mas cai em abril

Brasília – O saldo comercial do agronegócio no acumulado dos quatro primeiros meses do ano foi recorde, totalizando US$ 11,248 bilhões. Em igual período de 2005, tinha sido de 10,617 bilhões. A informação foi divulgada hoje (9) pelo Ministério da Agricultura.

Porém, em abril, o superávit, que foi de US$ 2,976 bilhões, foi inferior ao registrado no mesmo mês do ano passado (US$ 3,051 bilhões).

A queda na receita cambial obtida com as exportações do complexo soja e de carnes reduziu de US$ 3,455 bilhões para US$ 3,449 bilhões a cifra obtida com os embarques de produtos agrícolas no mês de abril. O faturamento das exportações do setor caiu 0,2% na comparação com abril de 2005. O grupo composto por café, chá, mate e especiarias também contribuiu para a redução.

Em abril, as importações de produtos agrícolas cresceram 17,2%, para US$ 474 milhões. As importação de trigo aumentaram 12,5%; de lácteos, 81,4%; de algodão, 50%; e de borracha natural, 40%. Mas também houve queda no custo das compras externas. Em valor, as importações de milho caíram 27% e as de arroz, 31,2%.

As exportações também foram recordes no primeiro quadrimestre de 2006: os embarques renderam US$ 13,246 bilhões, com aumento de 8 2% em comparação a igual período de 2005.

A análise individual mostra que, em abril, o faturamento obtido com as exportações do complexo soja (grão, óleo e farelo) somou US$ 865,3 milhões. Em abril de 2005, tinha sido de US$ 892,5 milhões.

No caso das carnes, a queda em relação a abril do ano passado foi de 14%, de US$ 654 milhões para US$ 562 milhões. Neste caso, a redução é atribuída às restrições que 56 países mantêm, desde outubro do ano passado, à carne brasileira. Os embargos foram estabelecidos por causa dos 41 focos de febre aftosa diagnosticados no Mato Grosso do Sul e no Paraná.

Para a carne bovina "in natura", a redução da receita cambial foi de 5,9%, resultado da queda de 20% na quantidade exportada, apesar da alta de 17,6% nos preços.

Também por conta dos temores gerados pela gripe aviária, as exportações de frango "in natura" diminuíram 15,3% em receita cambial – queda de 10,7% na quantidade e de 5% nos preços.

No entanto, a queda mais acentuada ocorreu nas exportações de carne suína, reflexo da suspensão de comércio com a Rússia por causa dos problemas sanitários detectados no ano passado. Em abril, a quantidade exportada do produto diminuiu 52,5%, enquanto os preços médios de venda subiram 3,3%.

O governo destacou o forte crescimento da receita cambial obtida com as exportações de carne bovina industrializada (35,6%) e de frango (55,8%).

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