O salário médio mensal pago pelas empresas do setor de serviços caiu de 4,1 salários mínimos em 1998 para 3,2 mínimos em 2003, mas o total de ocupados do setor cresceu no período, segundo divulgou hoje o IBGE. Houve redução do rendimento (em salários mínimos) em todos os segmentos investigados na Pesquisa Anual de Serviços (PAS), mas a maior queda ocorreu nas atividades de informática (-34%), de 9,4 salários mínimos em 1998 para 6,2 em 2003.
No mesmo período, a média de pessoal ocupado por empresa do setor caiu de nove para sete. Apesar da queda na média de ocupados por empresa, que pode estar relacionada ao aumento de empresas de serviços no período (50%), houve crescimento de 28% no total de ocupados do setor, também com destaque, nesse caso positivo, para as atividades de informática (80% de aumento no número de ocupados).
Os técnicos do IBGE concluem no documento de divulgação da pesquisa que "os setores de serviços investigados pela pesquisa, no período de 1998 a 2003, tiveram importante papel na geração de postos de trabalho no mercado formal". A avaliação é que o setor de serviços tem absorvido mão-de-obra proveniente dos setores agrícola e industrial, "em função da reestruturação produtiva, por intermédio da terceirização e pela incorporação crescente de atividades de serviços à fabricação de bens".
A PAS traz informações sobre a estrutura produtiva do segmento empresarial de serviços não-financeiros no Brasil e estimou em 922.748 o número de empresas operando nesse setor no País. Estas empresas auferiram R$ 326,6 bilhões de receita operacional líquida, empregando aproximadamente 6.758 pessoas, cujos salários e outras remunerações foram de cerca de R$ 63,1 bilhões.