A retirada de tecidos e ossos só poderá ser efetuada em caso de morte do doador. O interessado em doar seus ossos e demais órgãos deve comunicar este desejo à família, pois em caso de óbito, a retirada somente poderá ser autorizada por parente próximo ou representante legal do doador. Diferentemente de outros órgãos, o doador cadáver de ossos e tecidos não necessita estar na condição de morte encefálica.

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O estabelecimento de saúde onde se encontra o cadáver deverá comunicar à Central Estadual de Transplantes a possibilidade de doação. A equipe da central de transplantes fará a triagem do doador para diagnosticar doenças transmitidas pelo sangue, como hepatite, aids, malária, entre outras, que podem infectar o receptor.

A doação é excluída também quando são detectados câncer, osteoporose, doenças infecciosas ou o doador fazia uso recente e prolongado de corticóide, aconselhado para o tratamento de doenças inflamatórias reumáticas, renais e neurológicas.

Após a investigação preliminar do material a ser doado, a central estadual entrará em contato com o banco de tecidos músculo-esqueléticos local para retirada. A equipe técnica da unidade fará uma série de testes que comprovem a qualidade dos tecidos para decidir se serão aceitos ou não. Além disso, a família tem de responder a um questionário clínico, com mais de 30 perguntas e informações específicas sobre o histórico de saúde do possível doador.

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Segundo o Ministério da Saúde, após a implantação desse questionário, fica praticamente afastada a possibilidade de transmissão de doenças infecto-contagiosas. Quando houver necessidade, os hospitais transplantadores entrarão em contato com os bancos de tecidos existentes para solicitar material para cirurgias.