Rio de Janeiro – Em 2006 a safra de grãos totalizou 116,6 milhões de toneladas, quatro toneladas a mais que no ano anterior, o que representa um crescimento de 3,6%. A área colhida alcançou, no ano passado, o patamar de 45,5 milhões de hectares, contra 47,6 milhões em 2005, uma redução de 4,4%.
Os dados foram divulgados, nesta terça-feira (9), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e constam no levantamento Sistemático da Produção Agrícola.
A produção de 13 dos 25 produtos analisados apresentou aumento entre 2005 e 2006. A segunda safra de milho obteve o melhor resultado: cresceu 38,7%. Já o trigo teve e maior redução: caiu 49,1%, devido à estiagem e geada no Rio Grande do Sul e Paraná. A mamona foi o segundo produto mais prejudicado, com uma queda 42,6%.
O coordenador do levantamento do IBGE, Neuton Rocha, disse que a safra ficou abaixo da última estimativa projetada, que era de 122,39 milhões de toneladas, com aumento de 5,34%. Ele avaliou, contudo, o resultado como positivo.
?A safra foi boa, apresentou acréscimo, principalmente devido ao clima favorável e alguns níveis de produtividade acima do ano anterior. Podemos considerar 2006 como um ano de recuperação, já que tivemos problemas substanciais nas duas safras anteriores?, concluiu.
Segundo Neuton Rocha, ?a soja, que havia sido prejudicada pelo clima, também está passando por um período de recuperação, com uma maior produtividade, utilizando áreas menores de cultivo?. A produção cresceu 2,1% em 2006 e deve passar de 52,2 milhões para 54,8 milhões de toneladas este ano.
Terrenos menos férteis do Mato Grosso, antes utilizados para o cultivo para a soja, também estariam sendo aproveitados para a plantação de arroz, utilizando menos recursos tecnológicos segundo informou o pesquisador.
A produção de cereais, leguminosas e oleaginosa, tanto em números absolutos quanto em proporção, ficou assim distribuída em 2006: Sul, 48,2 milhões de toneladas (41,1%); Centro-oeste 39,7 milhões (34%);Sudeste, 15,8 milhões (13,6%); Nordeste, 9,6 milhões (8,2%) e Norte, 3,3 milhões (2,8%).