A visita do presidente russo Vladimir Putin ao Brasil não resolveu um dos principais impasses entre os dois países, a exportação da carne brasileira ao país. Desde setembro último, quando foi descoberto um caso de febre aftosa no Amazonas, apenas o estado de Santa Catarina mantém o comércio de carne com a Rússia.
Nesta manhã, em Brasília, o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Maçao Tadano, afirmou que o Brasil não poderá condicionar prazo para que a Rússia defina a situação da exportação de carne.
"Nós temos expectativas, mas não temos dados precisos em relação às cotas que estão sendo definidas para o próximo ano, mas existem negociações nesse sentido", disse Tadano, acrescentando que é necessário aguardar a evolução do caso. O secretário informou ainda que os russos manifestaram interesse em relação às frutas e flores brasileiras.
Na declaração conjunta dos resultados da conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Vladimir Putin, os governos frisaram "a importância de dar continuidade ao desenvolvimento da cooperação bilateral na área do agronegócio" e a necessidade de "encontrar soluções mutuamente aceitáveis para problemas relacionados ao fornecimento de produtos cárneos brasileiros ao mercado russo".
Segundo Tadano, a missão russa que está no Brasil avaliando as condições fitossanitárias do gado brasileiro segue viagem amanhã para o Rio de Janeiro, Manaus e Recife, antes de voltar a Moscou com um relatório que subsidiará a decisão sobre o fim do embargo.
