Rotas alternativas ao pedágio vão receber R$ 200 milhões no Paraná

O programa Estradas da Liberdade, que vai criar rotas alternativas às rodovias pedagiadas, receberá investimentos de R$ 200 milhões do governo do Paraná nos próximos quatro anos. O anúncio foi feito nesta terça-feira (30) pelo governador Roberto Requião durante reunião da Escola de Governo. ?As obras vão ser realizadas no sentido de articular as rodovias estaduais e criar grandes eixos de desenvolvimento em todas as regiões do Paraná?, afirmou.

Para dar início ao programa, Requião autorizou a Secretaria dos Transportes a iniciar imediatamente a concorrência para as obras de recuperação de dois trechos de rodovias. No Noroeste, o governo do Paraná vai investir cerca de R$ 5,5 milhões na completa recuperação dos 28 quilômetros da PR-218 entre os municípios de Atalaia, Ângulo e Iguaraçu. No Oeste, a recuperação ocorrerá em 18 quilômetros da PR-486 entre o rio Piquiri e Assis Chateaubriand. Nesse trecho serão investidos R$ 5,9 milhões.

O secretário dos Transportes, Rogério Tizzot, explicou que essas obras fazem parte de serviços melhorias que vão envolver todas as rotas alternativas. ?Estamos preparando as estradas para que comportem o movimento diário de cargas. É um processo que começou e continua com a recuperação do pavimento e que será ampliado com a melhoria da sinalização e com a implantação de balanças móveis?, destacou.

Rotas ? Pelo programa elaborado pela Secretaria e pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), o Paraná terá até o final de 2010 pelo menos cinco grandes eixos rodoviários onde o motorista poderá trafegar sem a cobrança de pedágio.

O primeiro eixo vai ligar Curitiba à região de Londrina via Estrada do Cerne. ?Essa rota seria uma alternativa para a rodovia do Café. Quando estiver concluída, vai evitar quatro praças de pedágio?, detalhou Tizzot.

A segunda rota faz a conexão do Sudoeste do Paraná com a região Metropolitana de Curitiba. São mais de 500 quilômetros de extensão que desviam de mais quatro praças de pedágio. Tizzot explicou que o governo federal já possui a programação para recuperar a BR-476 entre Lapa e União da Vitória, que não é de responsabilidade do Estado.

Para ligar as regiões Noroeste e Oeste sem o pagamento de pedágio, foi estabelecida uma rota entre Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu. ?Com este caminho teremos a possibilidade de também evitar quatro praças?, citou ainda Tizzot.

A quarta opção evita uma praça e faz a ligação entre Campo Mourão e Ponta Grossa através de Reserva e Cândido de Abreu. ?Apesar de ter apenas uma praça, é uma rota bastante importante por passar em uma região de baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). O aumento do fluxo de veículos vai naturalmente ajudar a desenvolver os municípios da região?, analisou o secretário.

A viagem entre Paranavaí e Londrina em pouco tempo também poderá ser feita sem a cobrança do pedágio. O quinto eixo conecta as duas cidades por meio da rodovia entre Rolândia, Jaguapitã, Iguaraçu, Astorga e Atalaia. ?Boa parte dos motoristas da região já utiliza esse trecho. Vamos agora executar obras para garantir mais segurança nas viagens?, afirmou Tizzot.

Luta do governo contra pedágio continua na Justiça

O secretário dos Transportes, Rogério Tizzot, salientou que o governo do Paraná vai continuar com as ações na Justiça para reduzir as tarifas e até mesmo acabar com o atual sistema de pedágio. ?Contudo, enquanto não existe uma definição na Justiça, estamos criando alternativas aos usuários?, explicou.

O Estado possui cerca de 44 ações na Justiça relacionadas ao pedágio. São processos contra os aumentos das tarifas, contra as alterações feitas nos contratos e contra o sistema em si. ?O pedágio no Paraná foi mal implantado e completamente deturpado com as alterações realizadas em 2000. É um sistema que está se tornando insustentável?, completou.

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