O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, diz que o acordo firmado
entre o governo e os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
(MST) valerá para todos os movimentos sociais ligados à reforma agrária. O
anúncio foi feito hoje (18) na abertura do encontro Grito da Terra Brasil em
Brasília. "O que foi acordado com o MST vale para todos", destacou o ministro.
Rossetto disse, no entanto, que a pauta de reivindicações da
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) ? entidade que
organiza o Grito da Terra ? também será analisada. "Todos os pontos da Contag
serão respondidos com toda a honestidade e respeito que esta organização
sindical merece".
Para o presidente da entidade, Manoel dos Santos, o
governo deve discutir com cada movimento sua pauta de reivindicações,
respeitando as diferenças. "A reivindicação da reforma agrária pretende
transformar os sem-terra em ?com terra? e os assentados em pequenos produtores.
Então, esta é uma diferença básica e a política de governo não pode dar um foco
exclusivo para os acampados e assentados". Santos diz ainda esperar que as
reivindicações do trabalhadores rurais sejam atendidas pelo governo.
Miguel Rossetto divulgou nesta manhã o resultado das negociações com o
MST. Segundo ele, o governo federal se comprometeu a revisar os índices de
produtividade, reestruturar o Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (Incra), descontingenciar os recursos do Programa Nacional de Educação
na Reforma Agrária (Pronera) e facilitar o acesso ao crédito para assentados.
Além disso, as famílias acampadas receberão uma cesta básica por mês.