A governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Garotinho, pediu hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para enviar quatro mil homens do Exército para ocupar áreas críticas no Rio de Janeiro. A intenção da governadora é manter os militares na capital fluminense até o final deste ano, quando os 1.800 policiais militares que passaram recentemente em concurso público estarão treinados para atuar nas favelas. “Nós mostramos que não queremos que o Exército fique permanentemente. É até que os homens da Polícia fiquem prontos”, disse.
Do Palácio do Planalto, a governadora seguiu para o Ministério da Defesa, onde discutiu com o ministro José Viegas o envio das tropas militares. Depois de menos de meia hora de reunião, ela garantiu que Viegas se encontrará amanhã com o presidente Lula e o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para discutir a questão de forma mais detalhada.
Já o secretário de Segurança do Estado, Anthony Garotinho, garantiu que o efetivo do Exército vai atuar em áreas determinadas da capital fluminense. Ele reiterou que as tropas não vão ficar permanentemente no Estado. “Não é o Exército de forma definitiva. É porque estamos ocupando os maiores complexos de áreas conflagradas de drogas e armas. Então queremos temporariamente, até que o nosso batalhão fique pronto. Sob o comando da Polícia Militar ou dos militares, tanto faz”, disse.
Durante o encontro com o presidente Lula no Palácio do Planalto, a governadora Rosinha Garotinho também apresentou uma lista com seis reivindicações na área de segurança pública para o Rio de Janeiro. O presidente, segundo Rosinha, se comprometeu a dar uma resposta às solicitações do estado até o dia 10 de maio, incluindo o envio das tropas. Entre os pedidos estão, além da participação de homens do Exército, o aumento do efetivo da Polícia Rodoviária Federal e a atuação conjunta com o Executivo nas estradas federais.
Rosinha também solicitou ao governo a liberação imediata de recursos para reformas e construção de presídios no estado. Cada novo presídio está calculado em torno de R$ 16 milhões. “Solicitamos no ano passado R$ 14 milhões para o sistema penitenciário, e só foram liberados R$ 478, inclusive para terminar casa de custódia no Rio”, disse Rosinha.
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