A governadora do Rio, Rosinha Garotinho (PMDB), anunciou hoje que antecipará para 1.° de janeiro o reajuste de 7% do salário mínimo regional. Se a proposta enviada à Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) for aprovada, o piso salarial no Estado passa de 290 para 310 reais, na faixa que beneficia os trabalhadores do setor agrícola.
No Palácio Guanabara, Rosinha afirmou que a antecipação da data-base para janeiro representará um ganho de 33% aos assalariados. Com o aumento, o mínimo fluminense passará a ser 19% maior do que o nacional, que é de 260 reais.
"Antecipamos o Dia do Trabalhador de maio para janeiro. Continuaremos tendo o maior piso salarial do Brasil. O do Rio será equivalente a 112 dólares e o nacional, a 94 dólares", disse, fazendo alusão ao piso estabelecido pelo governo federal. O novo valor de 310 reais refere-se à mais baixa das seis faixas do piso salarial estadual. A faixa 2, formada por domésticos serventes e auxiliares de serviços gerais, passa de 305 para 326 reais. A faixa de remuneração mínima mais alta, que abrange secretários, telefonistas, metalúrgicos e operadores de telemarketing, sobe de 349 para 373 reais.
Ela afirmou, ao lado do secretário de Trabalho e Renda do Estado, Marco Antônio Lucidi, que a elevação foi obtida depois de longa negociação entre representantes de empregadores e trabalhadores, reunidos na Comissão Estadual de Trabalho. Por isso, acredita que será respeitada pelos empresários. Para o cálculo do acréscimo, foi usada a média de dois índices: o Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), cuja estimativa até o fim do ano é de 7,17%, e o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Rio, que deve ficar em torno de 6,4%.
"As faixas salariais não incluem categorias de nível superior. São trabalhadores, muitas vezes, não tão organizados em sindicatos, sem força para lutar por melhores condições de trabalho e salários", justificou. O governo do Rio foi o primeiro do País a adotar o mínimo regional, em 2002.