Fora das primeiras convocações do técnico Dunga para três amistosos da seleção brasileira, o atacante Ronaldo disse que está disposto a amargar o banco de reservas para voltar a vestir a camisa da equipe nacional. O jogador do Real Madrid não esteve presente nas vitórias sobre Argentina (3 a 0), País de Gales (2 a 0) e empate com a Noruega (1 a 1).

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"Com certeza aceitaria a reserva. Ninguém nunca teve lugar garantido na seleção. Todos os grandes jogadores já ficaram no banco e isso não diminui ninguém", disse Ronaldo à TV Globo. "Meu futuro no time depende sempre do técnico. Se eu merecer, ele vai me chamar. Irei com todo orgulho. Sempre quis ganhar o meu lugar", acrescentou.

Na última quinta-feira, Dunga afirmou que as portas da seleção brasileira estão abertas para Ronaldo, que voltou a treinar com bola durante a semana após dois meses parado por causa de uma cirurgia para raspar calcificações na tíbia esquerda.

Após dois meses da eliminação da Copa do Mundo da Alemanha, o atacante também comentou a derrota para a França, por 1 a 0, nas quartas-de-final da competição. "Criou-se um clima exagerado de otimismo e favoritismo que entrou na gente. Foi um fracasso sim e nós tivemos culpa, assumo a minha. Mas não foi nada mais que isso. Ninguém fez corpo mole e não faltou entrega".

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Ronaldo também admitiu que se apresentou ao técnico Carlos Alberto Parreira, treinador do Brasil na Copa, acima do peso ideal. "É simples. Eu machuquei faltando cinco jogos para o Espanhol acabar, exatamente um mês e dez dias. Fiquei tratando, sem poder correr, cuidando sempre na comida, mas sem poder treinar e emagrecer. Me apresentei curado, mas sem treinar", desabafou.

Perto de completar 30 anos – faz aniversário no dia 22 de setembro -, Ronaldo terá menos de um mês para mostrar serviço a Dunga. Isso porque a seleção brasileira volta a jogar no dia 7 de outubro, no Kuwait. Os pentacampeões mundiais ainda pegam a Suíça, em Basel, no dia 15 de novembro, no último amistoso do País neste ano.

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