Romeu Queiroz acredita que será absolvido pelo plenário da Câmara

O deputado Romeu Queiroz (PTB-MG) saiu da reunião do Conselho de Ética que aprovou parecer favorável à sua cassação confiante de que, no plenário da Câmara, será absolvido. Até a sessão – ainda não marcada – Queiroz disse que pretende conversar com cada um dos 513 deputados. Para que ele seja cassado, é necessária a maioria absoluta de votos, ou seja, 257 deputados. Queiroz é acusado de ter recebido R$ 450 mil de Marcos Valério de Souza.

"Vou procurar cada deputado e mostrar o meu processo, toda a documentação. Eles vão entender que não recebi, não usei, não transportei dinheiro ilegal", afirma Romeu Queiroz. Nesta quarta-feira, o parlamentar completou 57 anos. "A decisão do Conselho foi um presente pesado. Mas tenho certeza absoluta que meu mandato não será cassado. Não coloquei um centavo no bolso, apenas servi ao meu partido. Não errei, pelo menos não intencionalmente."

O deputado Luiz Antônio Fleury (PTB-SP) promete recorrer na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) contra a decisão do Conselho de Ética de aprovar o parecer favorável à cassação do colega de partido. Durante a reunião, Fleury chegou a pedir o arquivamento do processo por descumprimento de prazo regimental. De acordo com ele, o regimento prevê o intervalo máximo de cinco sessões ordinárias entre a entrega do parecer do relator e a votação do documento. Este prazo teria se encerrado na terça-feira.

O presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), não acredita que o recurso de Fleury seja acatado na CCJ. Para Izar, a sessão desta quarta-feira é uma continuação da sessão de terça, o que a deixa em acordo com o regulamento.

O relator do processo, deputado Josias Quintal (PSB-RJ) – autor do parecer favorável à cassação – também lamentou a indicação pela perda de mandato do petebista mineiro. Quintal afirmou que Queiroz foi "ético" durante todo o processo, cooperando com as investigações e entregando os documentos requesitados. "Ainda que ele não tenha feito uso do dinheiro para bem próprio, ele quebrou o decoro na medida em que não contabilizou os recursos e se envolveu nessa cadeia de dinheiro cuja fonte é ilícita, a forma como aconteceu a arrecadação, por meio de empréstimos é suspeita. E ele era sabedor de todos esses fatos", disse.

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