O Supremo Tribunal Federal (STF) acatou o pedido de abertura de inquérito para apurar as irregularidades cometidas pelo ministro da Previdência Social, Romero Jucá, eleito senador pelo Estado de Roraima e atualmente filiado ao PMDB, depois de longo percurso por várias siglas sempre atreladas ao governo federal.
Solicitação nesse sentido havia chegado ao STF, no último dia 13, subscrita pelo procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, que deixa o cargo no início de julho, após mandato de dois anos.
As irregularidades que levaram à abertura do inquérito confiado ao ministro César Peluso datam de épocas bastante anteriores à nomeação de Romero Jucá para o ministério.
Uma das mais graves foi o desvio de recursos conseguidos por empréstimo do Banco da Amazônia (Basa), para a implantação de um abatedouro de frangos na cidade de Boa Vista. O empreendimento jamais funcionou e, para agravar a situação, as garantias oferecidas para resguardar o financiamento arrolavam sete fazendas inexistentes.
A barragem contra o ministro Romero Jucá teve início desde a posse no cargo por indicação do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), dentro da cota de participação reservada ao partido no primeiro escalão. Está em curso livre o desgaste constrangedor do governo com o segundo alto funcionário processado pelo STF, a perda da presidência da Câmara dos Deputados e o emulador de Waldomiro Diniz, pego dia desses com a mão no jarro, na ECT.