São Paulo (AE) – A constelação montada pelo iraniano Kia Joorabchian mostrou neste sábado em Mogi Mirim que pode se transformar em um time de futebol. Um grande time de futebol. E a participação de Roger foi fundamental para que houvesse unidade entre os setores da equipe e para que o futebol aparecesse em sua plenitude. Os 6 a 1 sobre o União São João foram pouco pelo que se viu em campo.

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É lógico que os zagueiros Copertino, Félix e Magal foram coadjuvantes perfeitos para o show corintiano. E ajudaram muito na redenção da equipe. Nenhum deles impediu que, após o escanteio cobrado por Coelho, a bola chegasse a Wendel, que, caído, fez o passe para Tevez. O argentino chutou com força e correu para o banco de reservas. Foi abraçar Dinélson, em quem havia dado uma entrada dura no treino de quarta-feira. Carlos Alberto, que brigou com o argentino por isso, não foi abraçá-lo.

Ficou tudo mais fácil. Aos 20 minutos, Pires fez um pênalti desnecessário em Gil. A torcida e os jogadores exigiram que Coelho batesse. Justamente ele, que errou contra o São Paulo. Ele errou de novo, mas pegou o rebote e marcou.

Só dava Roger em campo. Presente em todos os setores, correndo, armando e chutando. Tudo o que faltava a Carlos Alberto, o omisso. Aos 36, acertou a trave, após tabela com Gil e, três minutos depois, fez seu primeiro gol, acertando um belo chute da intermediária em cobrança de falta após um leve toque de Coelho.

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Aos 43, Roger lançou Tevez, que errou o passe para Gil. E, aos 45, Tevez resolveu chutar ele mesmo, após novo passe de Roger. O argentino nem voltou para o segundo tempo. Estava fácil e foi poupado por sentir dores musculares. O quinto gol veio logo aos sete minutos. Falta em Roger – sempre ele – e Coelho cobrou, de forma impecável, no ângulo direito.

O técnico Arnaldo Lira resolveu impedir um vexame maior. Trocou Paulinho Kobayashi, atacante, pelo zagueiro Tiago. Parecia premonição. Seis minutos depois, Félix, também zagueiro, fez falta feia em Bobô e foi expulso.

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Tudo estava muito bom, mas um olhar mais atento mostra erros recorrentes na defesa. Fábio Costa salvou uma cabeçada de Maurício Copertino – desmarcado – aos 17 minutos, mas não impediu o gol do União, aos 28 minutos. Alecsandro veio de trás, trombando com um e outro, livrou-se de Betão e Anderson e marcou.

Nem o gol serviu para acordar o Corinthians, acomodado com a goleada. O jogo estava definido. Por isso, Fabrício, recuperado de uma contusão no joelho direito, entrou em lugar de Marcelo Mattos. E Fabrício beijaria o seu joelho aos 45 minutos. Foi a forma escolhida para comemorar seu gol, após belo passe – o único em toda a partida – de Carlos Alberto. É a maior goleada do campeonato. O timão está nascendo.

Ficha Técnica

Corinthians: Fábio Costa; Coelho, Anderson, Betão e Edson; Wendel, Marcelo Mattos (Fabrício), Roger e Carlos Alberto; Tevez (Bobô) e Gil. Técnico: Márcio

União: Gílson, Maurício Copertino, Félix e Magal (André); Jorginho (Rodrigo), Alecsandro, Júnior, Juliano e Pires; Paulinho Kobayashi (Tiago) e Borges. Técnico: Arnaldo Lira

Gols: Tevez aos 8 e 45, Coelho aos 20, Roger, aos 39 do 1º T; Coelho aos 8, Alecsandro aos 28 e Fabrício aos 45 do 2º T

Juiz: Rodrigo Cintra (SP)

Cartões amarelos: Ânderson, M.Copertino, Félix, Magal, Tiago e Paulinho Kobayashi

Cartão vermelho: Félix

Renda: R$ 156.905,00

Público: 10.171 pagantes

Local: Mogi Mirim