O atacante Rodrigo Tiuí quebrou o silêncio e fez acusações graves contra o técnico Vanderlei Luxemburgo, apontando-o como responsável por sua saída do Santos, no programa Jogo Aberto, da TV Bandeirantes, na quinta-feira.
A principal denúncia foi de que o treinador deixou de escalá-lo para enfrentar o São Caetano, domingo, por causa de sua recusa em assinar contrato com um procurador indicado por ele.
?Ele (Luxemburgo) queria que eu assinasse com um procurador dele (provavelmente, Ângelo Pimentel) e eu não concordei porque confiava mais no meu (Teodoro Fonseca, do escritório do empresário uruguaio Juan Figer)?, declarou. ?Por isso, não me deixou disputar o primeiro jogo da decisão com o São Caetano e me sacaneou?, prosseguiu Tiuí, acrescentando que sua intenção era ir bem nas finais do Campeonato Paulista para depois assinar novo contrato.
?Queria ficar no Santos.? Segundo fonte ligada ao presidente do Santos, Marcelo Teixeira, Tiuí teria sido convencido pelo lateral-direito Pedro, que rescindiu com o clube na semana passada, a contratar Fonseca.
Ainda não se sabe se Teixeira falará sobre as denúncias, mas na quinta, no Aeroporto de Cumbica, na volta da Venezuela, Luxemburgo deu sua versão dos fatos.
Tiuí não identificou o procurador que Luxemburgo ?pretendia lhe impor?, nem os possíveis motivos dessa atitude. O ex-jogador Marcelinho Carioca, um dos integrantes do programa Jogo Aberto e desafeto do técnico, disse que se trata do empresário mineiro Ângelo Pimentel, o mesmo que apareceu ao lado de Luxemburgo em encontro com o governador mineiro Aécio Neves, há dois meses.
?Conheço o Vanderlei desde quando ele foi o técnico do Cruzeiro e me prontifiquei a assessorá-lo na visita ao governador?, explicou Pimentel. O empresário não só rebateu as denúncias de Tiuí como também prometeu acioná-lo judicialmente. ?Tudo isso que ele falou é uma mentira muito grande. Nada disso procede?, afirmou Pimentel, que foi diretor do Atlético-MG, do América-MG e do Goiás. Hoje, é agente Fifa licenciado.
?Há dois meses, Tiuí esteve comigo para me contratar como seu procurador, alegando que não estava satisfeito com o que trabalhava para ele, Fernando César, na época. Expliquei que aceitaria desde que fosse dentro do que estabelece o estatuto de Fifa e se ele se desvinculasse de seu procurador. Depois disso, ele fez a opção por outro procurador (Teodoro Fonseca).
Pimentel contou que a última vez em que esteve com Tiuí foi num flat nos Jardins, na capital, na véspera do segundo jogo contra o Bragantino, pela semifinal do Paulista. Afirmou, porém, que houve apenas uma conversa.
