Rodovias recuperadas garantem economia no transporte da safra

No ano em que a produção de grãos do Paraná deve bater novo recorde, as rodovias estaduais deixaram de ser obstáculos e se estabeleceram como vias seguras e econômicas para o escoamento das 30,31 milhões de toneladas que devem ser produzidas na safra estadual de 2006/2007.

Depois da execução do maior programa de recuperação de estradas estaduais dos últimos 20 anos, quando o governo do Estado investiu R$ 1 bilhão em mais de 5 mil quilômetros de rodovias, a economia do Paraná não vai mais sofrer com as perdas da produção em vias esburacadas e sem condições de tráfego. A avaliação é de transportadores, caminhoneiros e agricultores do Estado.

O empresário Elias Alexandre, que trabalha com compra, venda e transporte de produtos agrícolas, é uma das testemunhas dessa mudança. ?No ano passado, houve meses em que nenhum dos caminhões da minha frota quebrou nas estradas do Paraná, ao contrário do que ocorria no passado, quando o prejuízo para minha empresa era enorme?, relata.

Um ano depois, Alexandre diz que a única mudança foi a redução ainda maior dos prejuízos. ?Antes, eu tinha de 8 a 10 caminhões quebrados por mês?, relata. ?Isso representa uma perda de R$ 15 a R$ 25 mil reais no faturamento da empresa, dinheiro que hoje posso investir em implementos, melhoria do serviço e até mesmo na produção de soja e milho?, completa.

Segundo o empresário, a maior número de problemas com os caminhões quebrados acontecia no Sudoeste do Paraná. ?Os trechos entre Coronel Vivida, Pato Branco e Dois Vizinhos eram realmente críticos. Lá perdíamos boa parte da produtividade com os veículos parados?, exemplifica.

?Hoje, passando pelo Sudoeste e pelo restante do Estado, a realidade é outra. A maior parte das rodovias fundamentais para o transporte da produção do Estado está em ótimas condições?, constata Alexandre, que trabalha com o transporte de soja, trigo, milho, açúcar e minério de ferro de diversas regiões como Foz do Iguaçu, Campo Mourão, Goioerê, Londrina e Arapoti em direção ao Porto de Paranaguá.

Dorival Bartzike, diretor-presidente da Cooperativa de Transportes Rodoviários e Serviços de Cafelândia (Coopercaf) e representante dos caminhoneiros autônomos da região, concorda com o empresário.

Depois de atuar por 35 anos como autônomo, hoje Bartzike circula pelas estradas do Paraná resolvendo assuntos administrativos da instituição num veículo pequeno, mas estabelece um paralelo entre a situação das estradas hoje com a que encontrava algum tempo atrás e também com os serviços prestados pelas concessionárias de rodovias.

?O DER está de parabéns pelo trabalho que vem sendo realizado na recuperação das estradas estaduais. Em várias regiões do Paraná por onde tenho passado é preferível trafegar de graça nas rodovias paranaenses em ótimo estado do que pagar o pedágio, onde nem o preço e a qualidade do pavimento compensam?, compara.

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