Dunga e os 22 jogadores convocados para o amistoso de amanhã contra a Noruega se reuniram ontem à noite em um hotel de Oslo. Da rápida conversa nasceu a nova Seleção Brasileira, após um mês e 15 dias do fiasco na Copa do Mundo na Alemanha. Hoje, o treinador dirige o único treino antes do amistoso e define o time para enfrentar os noruegueses. Robinho será o camisa 10 e a estrela solitária.
Na reunião, Dunga adiantou aos jogadores que ninguém estava garantido na Seleção. Alertou para a reconstrução do time e garantiu que a permanência deles depende, e muito, do trabalho de cada um. E traçou um perfil da nova equipe do Brasil.
"Esse time precisa ter cara de Seleção. Tem de ser pegador, de luta, e demonstrar para a torcida brasileira que está vestindo a camisa.
Em seguida, o treinador apontou para o futuro da Seleção, um recado direto aos novos convocados.
"Este grupo que está reunido para enfrentar a Noruega merece todo o meu respeito e tem a minha confiança. Quem for bem no amistoso vai continuar na Seleção.
Passado o recibo aos jogadores, Dunga disse à imprensa que não chegou a Oslo com o time ideal para o recomeço da Seleção.
"O time que veio não é o ideal, mas o possível. Não podemos descartar todo o trabalho que foi feito durante a Copa do Mundo. Mesmo que não tenha atingido o resultado esperado, foi um bom trabalho.
Desse "bom trabalho na Copa", o novo treinador do Brasil aproveitou apenas a zaga (Lúcio e Juan), os laterais reservas (Cicinho e Gilberto), um volante (Gilberto Silva) e dois atacantes (Robinho e Fred). Estes jogadores formarão a base do time que enfrenta a Noruega, às 15h, em Oslo.
Hoje, o técnico define a Seleção que, salvo algum problema de última hora, iniciará a partida com Gomes, Cicinho, Lúcio, Juan e Gilberto; Edmílson, Gilberto Silva, Elano e Daniel Carvalho (Julio Baptista); Robinho e Fred.
No vôo da Seleção, entre Rio e Paris, ontem, o chefe da delegação brasileira Eduardo "Caixa D’Água" Vianna passou mal. Durante a crise do dirigente, se cogitou um pouso de emergência. Atendido pelo médico José Luís Runco, recebeu medicação venosa e seu quadro foi considerado como estável. Na escala em Paris, foi submetido a exames.