Roberto Freire pede o impeachment de Lula

O presidente do PPS, deputado Roberto Freire (PE), afirmou ontem que o Brasil precisa se preparar para o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para ele, os novos escândalos que atingem o governo do PT – o desvio de R$ 11 milhões para a confecção de cartilhas de propaganda do governo e um suposto acordo do Palácio do Planalto com o PL para a liberação de R$ 26 milhões do Ministério da Saúde para a bancada – configuram crime. No início da semana o presidente do PSDB, Tasso Jereissati, também havia lembrado a hipótese do impeachment.

"Agora não se trata de recursos do Banco Rural (caso do mensalão), se houve ou não dólar na cueca, mensalões, vampiros. Agora é comprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) um desvio de R$ 11 milhões para a confecção de uma cartilha que ninguém sabe, ninguém viu", afirmou Freire. "Isso é desvio de recursos públicos. A sociedade brasileira fica olhando para isso tudo e vê que era dinheiro que deveria ser usado para atividades finas de um governo. Mas não, foi desviado, provavelmente para pagar Duda Mendonça (marqueteiro de Lula), mensaleiros e para manter corrompida a base de sustentação do governo", atacou ainda Freire.

O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), afirmou ontem que a divulgação de notícias sobre a confecção das cartilhas tem sido usada politicamente. "O PT repudia o uso eleitoral de auditoria inconclusa (do TCU)", afirmou ele. Berzoini disse que o PT não recebeu 2 milhões de cartilhas e sim 929.940 exemplares. Segundo ele, os exemplares foram distribuídos para diretórios e militantes do PT. "Os nomes dos responsáveis pelo recebimento, a quantidade de exemplares, a data de recebimento e as demais informações comprobatórias da utilização dessas cartilhas foram criteriosamente documentadas e estão à disposição do TCU", disse Berzoini.

"É função do TCU acompanhar e fiscalizar a utilização dos recursos da União com isenção e imparcialidade. O PT sempre apoiou a atuação desse instrumento de controle social. É estranho, portanto, que a divulgação precipitada e distorcida desta notícia ocorra em plana campanha eleitoral e seja tratada por alguns órgãos de imprensa como se já houvesse decisão contrária à distribuição", afirmou o presidente do PT. "Isso é inaceitável".

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