O risco país caiu hoje (9) para o nível mais baixo da história, de 282 pontos, ante 285 na semana passada, refletindo a visão positiva que o investidor estrangeiro tem em relação à economia local. O dólar teve a quinta queda seguida, desta vez de 1,40%, para R$ 2,25, apesar de o Banco Central (BC) ter vendido integralmente os US$ 417 milhões ofertados em swap reverso, e o paralelo recuou 0,68%, para R$ 2,47. O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) caiu 0,39%, em dia de realização de lucros, os juros futuros projetaram queda e o A-Bond perdeu 0 23%, vendido com ágio de 9,75%.
Além do leilão de swap reverso, o BC comprou cerca de US$ 200 milhões em mercado. Mesmo assim, continuam as apostas na queda futura das cotações – hoje, os sete contratos negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F)projetaram a desvalorização do comercial. Além do cenário tranqüilo, o mercado não prevê grandes surpresas na eleição presidencial, já que os candidatos mais cotados – Lula, Serra e Alckmin – não tendem a fazer mudanças radicais na política econômica. Como ajuda adicional, várias empresas estão fazendo emissões externas, e não se descarta a possibilidade de o País fazer nova emissão soberana.
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subiu 6% nos 5 pregões da primeira semana de 2006, e hoje os investidores realizaram lucros. O movimento financeiro recuou em relação aos últimos dias, ficando em R$ 1,835 bilhão.
"A Bolsa realizou, mas parece que o fluxo de capital estrangeiro permanece positivo. No entanto, se essa fonte minguar, o mercado vai bater e a Bovespa vai cair mais", comentou um operador. Até agora, o investidor externo tem aplicado bastante nas ações locais.
Entre os papéis que compõem o Ibovespa, as maiores altas foram de Telemig Par PN (7,45%), Transmissão Paulista PN (3,96%) e BB ON (3,80%). As maiores quedas foram de NET PN (3,67%), BRT Par ON (3,56%) e Sadia PN (-3,55%)