O governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) afirmou hoje que a cidade terá "presença ostensiva (de militares) no entorno dos quartéis", se disse "satisfeito" com a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e considerou "rigorosamente atendido" o pedido de participação das Forças Armadas
"Eles vão sair dos quartéis", declarou o governador, sem detalhar até que distância das unidades militares será feito o patrulhamento. "Não há divergência, isso é uma bobagem. O governador do Estado não é um especialista em segurança pública, eu tenho que respeitar os especialistas. Conversei com o ministro Waldir Pires (Defesa) e vi disposição dos comandantes militares", disse
"Não será uma distância muito grande (dos quartéis), mas a presença nas ruas no entorno dará tranqüilidade à população e ao mesmo tempo vai racionalizar o trabalho da Polícia Militar. Foi uma autorização de acordo com o que nós gostaríamos." Não se sabe ainda quando começará a operação. Cabral ressalvou que "há toda uma hierarquia para os comandantes tomarem suas decisões internas." Hoje, o Comando Militar do Leste (CML) informou que não havia recebido nenhuma orientação de Brasília
O governador também afirmou que o efetivo da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) será de 7 mil homens e chegará gradualmente, "porque tem de seguir uma cronologia". Segundo a previsão do governador, até o fim do mês a FNS estrá patrulhando as divisas do Estado e, em 60 dias, atuando na cidade. "Sei que a ansiedade da população é grande, mas temos que respeitar o lado operacional. Quero garantir que não será uma operação pirotécnica.