O estado de alerta em que se encontra a polícia carioca não impediu que criminosos realizassem mais atentados na cidade do Rio de Janeiro ontem à noite e na madrugada deste domingo (31). Um morador de rua foi baleado e, durante troca de tiros entre supostos traficantes e policiais, um suspeito também foi alvejado. Além atacar delegacias e postos policiais, os criminosos se voltaram ainda contra um posto de combustíveis. Os disparos atingiram uma bomba de gasolina, que não chegou a explodir. Não houve incêndios em veículos.
O primeiro ataque da noite aconteceu por volta das 22 horas em Cidade Nova, onde os criminosos dispararam contra a delegacia de polícia do bairro. A mesma delegacia já havia sido alvo dos criminosos na primeira noite da onda de violência. Desta vez, os bandidos fecharam a rua da DP e trocaram tiros com os policiais. Armados com metralhadoras e fuzis, dispararam várias vezes, sem atingir ninguém. Antes de fugir em direção ao Morro da Providência, lançaram uma granada contra o Batalhão do Policiamento de Turismo, próxima ao local.
Outra delegacia alvejada pelos marginais foi a do bairro do Campinho, na zona oeste do Rio. Lá, durante a madrugada, também houve troca de tiros e um dos atiradores foi atingido pelos policiais. Os comparsas o abandonaram e fugiram no sentido de Jacarepaguá.
Na Linha Amarela, dois postos policiais na via expressa foram alvo de diversos disparos, mas apenas as cabines foram atingidas. Um helicóptero da PM vasculhou a área, mas nenhum criminoso foi localizado.
Em Brás de Pina, na zona norte, o alvo da violência foi um posto de venda de combustíveis. Os criminosos atiraram contras as bombas de gasolina e as dependências do posto, sem que nenhum funcionários saísse ferido, nem ocorresse explosão. A vítima na ocasião foi um morador de rua que estava próximo e foi socorrido. Desde o início da onda de violência, 25 pessoas morreram no Rio. Um carro de combate bloqueou a rua onde fica o prédio da Polícia Civil, na região central da cidade.
