O projeto anunciado na última segunda-feira pelo governador do Rio, Sérgio Cabral, para o Estádio de Remo da Lagoa Rodrigo de Freitas não tem a licença do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e, por isso, pode ser embargado. O local está previsto para ser o palco das provas de remo, canoagem de velocidade e esqui aquático durante os Jogos Pan-Americanos, em julho.
Ontem, o superintendente do Iphan, Carlos Fernando Andrade, visitou as obras no local e, em um "gesto de boa vontade", decidiu não paralisá-las.
"O problema é que foi aprovado um projeto em 2004 e agora, eles começaram a obra com alterações", disse o superintendente do Iphan, que concedeu cinco dias para as plantas serem apresentadas pelo governo do Estado e a concessionária Glen. "Aparentemente não é nada grave e estou dando um voto de confiança. Fiz um gesto de boa vontade para os Jogos e não paralisei as construções.
Carlos Fernando Andrade também explicou que o Estádio de Remo da Lagoa Rodrigo de Freitas não deve se tornar uma nova Marina da Glória, local que foi escolhido para as disputas de vela do Pan, mas que acabou envolvido em uma batalha jurídica porque também fica numa área tombada.
"Na Marina queriam construir uma edificação dentro da Baía de Guanabara, que é tombada. Agora, neste caso da Lagoa, só quero verificar se o tamanho das arquibancadas está dentro da altura permitida", contou o superintendente do Iphan.
O secretário estadual de Turismo, Esporte e Lazer, Eduardo Paes, disse que o projeto da Lagoa foi discutido na Justiça, em parceira com a procuradoria-geral do Estado, antes de ser aprovado e apresentado. Para ele, o único problema que pode existir é uma disputa comercial no local.
