Rio: ataques diminuem, mas polícia continua em alerta

Apesar de terem abrandado na noite de quinta-feira e na madrugada desta sexta-feira (29), os ataques de criminosos a ônibus e veículos e às forças policiais tiveram continuidade na cidade do Rio de Janeiro, nos subúrbios e em Niterói. Todo o efetivo policial foi colocado em sobreaviso e o patrulhamento das ruas aumentado, inclusive com a participação de policiais civis.

Um policial foi assassinado na noite de quinta-feira, mas a Polícia Militar não relaciona esse crime com os supostos ataques do crime organizado. Segundo as primeiras informações, o cabo PM Alexandre Conceição dos Reis, lotado no batalhão do Méier, estava de folga e teve seu veículo cercado por assaltantes, na esquina das ruas Dois de Fevereiro e Ana Leonídia, em Engenho de Dentro. Ele teria reagido ao assalto e foi baleado no tiroteio. Morreu ao ser socorrido ao Hospital Salgado Filho.

Se a morte do PM foi considerada um crime isolado, o ataque a um posto policial do Batalhão de Policiamento de Vias Especiais, na Linha Vermelha, próximo da entrada da Ilha do Governador, foi provavelmente uma ação de facção criminosa. Marginais, ocupando um Honda Civic e um Monza, dispararam contra a base e fugiram em direção à favela Vila dos Pinheiros. Nenhum policial foi atingido. Logo depois, aconteceu um novo ataque a base da PM, na Linha Amarela, pouco antes do acesso à Av. Brasil, sem que os criminosos atingissem os PMs de plantão no local.

Em Niterói, no bairro do Cantagalo, um ônibus da Viação Pendotiba foi incendiado, próximo ao Largo da Batalha. Os passageiros conseguiram descer a tempo e ninguém foi ferido.

Por conta dessa onda de ataques, as 48 empresas de ônibus do Rio retiraram seus coletivos de circulação durante a noite e madrugada.

A polícia foi alertada de que um caminhão baú azul, do tipo utilizado para mudanças, estaria levando bandidos da Vila Cruzeiro, em Olaria, pela Av. Brasil para realizar ataques na região central da cidade. Havia informações também de que o caminhão era escoltado por um EcoSport e um Corola. Um outro comboio de criminosos teria partido do Morro da Mangueira em direção à Tijuca, na zona norte. Nenhum dos dois comboios foi localizado e não houve confrontos com as guarnições policiais que patrulhavam essas regiões.

Durante a madrugada, um motociclista disparou contra um posto policial na Av. Kennedy, em Duque de Caxias e, em seguida, atirou também contra o prédio do Centro Cultural daquele município. Houve perseguição e a motocicleta Honda CG 125 de placa KZY-3396 foi abandonada, com a chave no contato, na entrada da favela Mangueirinha. Posteriormente, o proprietário, um motorista de ônibus, compareceu à delegacia da cidade, afirmando que havia emprestado a moto a um rapaz conhecido por Michelzinho, que seria traficante. A polícia não descarta a hipótese de que o próprio dono da moto possa estar envolvido nos ataques, mas ele não foi indiciado.

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