Ninguém deve duvidar da ilimitada capacidade de articulação dos políticos brasileiros, nem da habilidade para engendrar soluções retiradas do bolso do colete, como diziam nossos avoengos.

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Matéria assinada por Elisabete Castro na edição de ontem deste jornal nos dá um vislumbre da competência arraigada em nossos homens públicos. De repente, espoca a notícia de que os senadores José Sarney e Renan Calheiros estão dispostos a investir na aproximação do senador Osmar Dias e do governador Roberto Requião.

A hipótese colocada como base para o início da conversa seria a indicação de Requião como candidato à Presidência da República, em contraposição à escalada de Garotinho no afã de consolidar sua própria candidatura.

Idéia que provoca surtos de urticária naqueles que comandam o chamado PMDB governista, cujo maior desiderato ainda é conduzir o partido a uma aliança com o PT em apoio à reeleição de Lula.

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Na equação posta, Requião seria candidato a presidente e Osmar ao governo do Paraná, numa aliança entre PMDB e PDT. Não se sabe, ainda, qual seria a alternativa dos magos peemedebistas para o eventual lançamento de candidato próprio do PDT à presidência.

O fato teria desdobramento constrangedor na campanha, na hora de escolher o palanque. Mesmo com a queda da verticalização, estariam em jogo o comportamento ético e a disciplina partidária. Enfim, uma rima à espera de solução.

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