Porto Alegre – Depois de uma rodada de conversas com líderes peemedebistas, o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB), agendou para o dia 18 a inscrição na prévia do partido que pretende definir o candidato a presidente. Nos encontros de ontem (08) e de hoje, quando esteve em Curitiba com o governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), Rigotto aceitou a posição consensual de que 5 de março, data prevista para a prévia, não é a mais indicada, por coincidir com a semana do carnaval, mas qualquer modificação deve ser feita dentro no mês.
"Requião também concorda que a prévia tem de ocorrer em março", relatou. O governador do Rio Grande do Sul disse que a mesma posição foi manifestada pelo presidente nacional da legenda, deputado Michel Temer (SP), pelo pré-candidato a governador de São Paulo Orestes Quércia e ontem pelo governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira (PMDB). Rigotto afirmou esperar que a executiva da sigla confirme, em reunião no dia 24, a prévia em março. Se a escolha for adiada para além desse dia, ele argumenta que estaria inviável a participação dos governadores na disputa interna, pois seriam obrigados a deixar o cargo sem garantia de disputar a eleição nacional.
Na avaliação do governador gaúcho, as pré-candidaturas apresentadas até agora são um "aquecimento" do processo eleitoral, que só deve estar mais claro a partir de abril. Rigotto preferiu não comentar a decisão do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pré-candidato a presidente, de deixar o cargo antes em 1.º de abril para trabalhar na pré-candidatura. "No meu modo de ver, este processo vai modificar-se, rapidamente", avaliou, sobre a definição do quadro sucessório. Nesta acomodação de forças, o governador gaúcho vê espaço para o PMDB brigar pela condição de terceira via da eleição, tirando proveito da prévia para mobilizar a agremiação.
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