Richa e Alckmin falam da crise e defendem apuração e punição

O prefeito Beto Richa disse nesta segunda-feira (11) que o escândalo político que o país presencia, demonstra a falta de competência do governo do PT. Richa disse que neste episódio o seu partido, o PSDB, continua fazendo uma oposição responsável.

"O PSDB exige apuração dos fatos e a punição dos culpados. Nosso partido continua apontando erros e apresentando alternativas", afirmou o prefeito, logo após participar, junto com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, de um encontro sobre empreendedorismo rural, realizado em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. "A postura do PSDB fortalece candidatura tucana, que tem bons nomes para a disputa", disse ele, citando Fernando Henrique Cardoso, Tasso Jereissati, Aécio Neves, José Serra e o próprio Geraldo Alckmin.

Para o governador de São Paulo, a única agenda positiva que o governo federal deve adotar neste momento é a de apurar e punir os envolvidos no escândalo envolvendo políticos e dirigentes do PT. "Todo o resto é tergiversação", afirmou Geraldo Alckmin.

Ao responder questões levantadas pela platéia, formada por 3 mil pessoas, Alckmin ressaltou a natureza dos acontecimentos políticos atuais. "Nenhuma administração pública está imune a atos pontuais de corrupção. O que preocupa desta vez é a evidência de que não se trata de uma questão isolada, de um problema pontual. Temos uma corrupção sistêmica. Um problema causado pela mistura entre governo e partido político, entre público e privado", afirmou.

"Por isso, a agenda positiva do governo deve ser apurar as denúncias e punir os responsáveis. O desafio é apurar e punir e, ao mesmo tempo, manter as instituições funcionando", declarou Alckmin.

Segundo ele, o seu partido, o PSDB, vai continuar agindo com responsabilidade no processo em que as denúncias são apuradas. "Com responsabilidade, o que não quer dizer impunidade", enfatizou.

Questionado sobre a possibilidade de a crise política interferir no andamento do país, Geraldo Alckmin observou que as denúncias colocam o governo em situação de fragilidade. "No Congresso, discussões e aprovações de questões importantes são adiadas e percebe-se um pouco de afrouxamento fiscal, como é o caso da aprovação do aumento do teto salarial no setor público", disse ele. O teto passou de R$ 17 mil para R$ 21,5 mil, retroativo a 1º de janeiro.

Eleição e Reeleição

O governador também falou sobre a discussão, iniciada no meio político, de acabar com a possibilidade de reeleição dos governantes. "Essa é uma questão controversa. Considero que a reeleição seja mais positiva que negativa, porque ela dá uma chance ao eleitor de reconduzir um governante cuja política tenha a sua aprovação", disse Alckmin. "De qualquer forma, esse não é um assunto que deva ser tratado de forma circunstancial. Não se muda a constituição às pressas", afirmou.

Ao responder pergunta sobre sua candidatura à presidência da República, Alckmin afirmou que o assunto é extemporâneo. "Não devemos nos antecipar. Agora não é hora de discutir eleições, que só acontecerão no ano que vem. Não me antecipo. Temos de fazer bem feito o que fazemos hoje. E minha responsabilidade hoje é com o governo de São Paulo, com a população que me elegeu."

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