A secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, disse hoje que os próximos passos de Washington com relação ao Irã dependerão do teor de um relatório que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) deve divulgar ainda hoje.
De acordo com fontes, o mais provável é que o documento acuse o Irã de ter desafiado um ultimato imposto pelo Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) para que a república islâmica suspenda suas atividades de enriquecimento de urânio. Segundo Rice, a intenção das potências ocidentais é utilizar o CS da ONU para fazer com que o Irã suspenda seu programa nuclear.
"Vamos usar nossos canais disponíveis e o Conselho de Segurança para tentar alcançar esse objetivo", afirmou Rice, após um café da manhã em Berlim com os ministros das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, e da Rússia, Serguei Lavrov, e com o chefe de política externa da União Européia, Javier Solana. A chanceler americana disse também que a comunidade internacional ainda espera que o Irã dê início às negociações sobre seu programa nuclear em breve.
Por sua vez, o primeiro-ministro britânico voltou a negar que um eventual ataque contra Teerã esteja nos planos das potências ocidentais. Blair defendeu uma solução diplomática para o conflito entre o Irã e o Ocidente e disse que esta seria a única resposta "viável e sensata". "O Irã não é o Iraque", disse o primeiro-ministro em entrevista à BBC. "Não existe, até onde sei nenhum plano para realizar um ataque ao Irã e as pessoas estão atrás de uma solução diplomática e política.