A recuperação das penitenciárias destruídas no fim de semana vai levar no mínimo dois meses, segundo engenheiros de empresas que atuam no sistema. O prejuízo para os cofres públicos, em avaliação preliminar, pode chegar a R$ 100 milhões – cada unidade exigiria de R$ 500 mil a R$ 4 milhões.

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Nas unidades onde os danos foram menores, a recuperação pode ser feita em 20 dias. Em várias penitenciárias, os serviços não começaram por falta de segurança. Pelo menos 4 mil presos ainda estão fora das celas. Operários negam-se a entrar por causa do risco.

Das 74 prisões onde ocorreram distúrbios, ao menos dez foram praticamente destruídas. É o caso da Penitenciária de Irapuru, onde os rebelados quebraram até paredes. Máquinas de terraplanagem removeram os escombros.

Houve danos de grande monta nos presídios de Presidente Prudente Pacaembu, Avaré, Iaras, Araraquara, Lucélia, Valparaíso, Mirandópolis e nas três unidades de Lavínia.

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Em Iaras, os rebelados arrancaram todas as grades e portas e atearam fogo no almoxarifado. A cozinha foi destruída, assim como mais de 200 vasos sanitários.

O Grupo de Intervenção Rápida (GIR) da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) tentava ontem transformar o pátio em cela a céu aberto para 450 presos. A unidade estava com lotação abaixo da capacidade por já estar em reformas. "Tudo o que foi feito foi destruído", contou o encarregado Raimundo Jesus Santos, de 42 anos. A reforma custaria R$ 4 milhões. "Faltava pouco. Agora, tem de recomeçar do zero."

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"É um gasto absurdo de dinheiro público, que poderia ser usado na saúde ou na educação", disse o presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança Prisional do Estado, Cícero Sarnei