O Jardim Botânico de Curitiba, um dos mais belos cartões postais da cidade e importante centro de pesquisa da flora natural do Paraná, está totalmente restaurado. A entrega da revitalização, a primeira desde a inauguração do Botânico, em 1991, será feita pelo prefeito Beto Richa às 18h30 de quinta-feira (9), com uma grande festa marcada pela apresentação da Orquestra Sinfônica do Paraná.
Revitalizado, o Jardim Botânico será palco, no dia 19, da solenidade de abertura da 8ª Conferência das Partes sobre Diversidade Biológica (COP8) promovida pela ONU. A Conferência e a Reunião das Partes do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança (MOP3) que também acontecerá neste mês vão reunir em Curitiba cerca de seis mil pessoas de todas as partes do mundo.
Para a restauração do Botânico foram necessários 90 dias de trabalho, período em que a maior atração do local, a estufa de vidro, ficou fechada à visitação pública.
O investimento de R$ 970 mil nas obras do Botânico foi viabilizado através de parceria com a iniciativa privada, com participação da Natura, empresa brasileira do ramo de cosméticos que poderá associar sua imagem à realização da obra.
Estufa
A principal obra do projeto de revitalização do Botânico foi a restauração da estufa que abriga o acervo de plantas raras e representativas do ecossistema Floresta Atlântica. Da estrutura de ferro foram removidos todos os pontos deteriorados pela corrosão.
Devido ao forte desgaste, 600 metros de ferro foram substituídos por novo material. Também foram trocados 60 metros de vidros quebrados e trincados e 900 metros de borracha de vedação. No final da reforma, a estufa recebeu nova pintura e limpeza das fachadas. A pintura da estufa consumiu 225 galões de tinta especial. Do lado de dentro, o material usado não exala cheiro, o que dá mais segurança ao acervo botânico, e na parte externa a tinta oferece mais resistência às intempéries do clima.
Os sistemas elétrico, hidráulico e de exaustão do interior da estufa foram totalmente revisados e refeitas as partes desgastadas, como no caso do equipamento de climatização, que estava desativado há anos por falta de manutenção. O sistema foi recuperado e agora permite reproduzir com mais fidelidade o micro-clima natural da Floresta Atlântica, com controle da temperatura e umidade, eliminando regas manuais das plantas.
As obras no interior e exterior da estufa exigiram cuidados especiais para assegurar a proteção das plantas e todo o trabalho foi acompanhado por especialistas em botânica.
Obras externas
A reforma do Jardim Botânico incluiu a implantação de um novo sistema de irrigação no jardim francês, instalação de cerca de proteção em volta do bosque de araucária, nova sinalização do local e a manutenção anual das áreas verdes e da flora.
Ao longo de 2.040 metros de extensão do bosque foi instalada uma tela galvanizada. O objetivo é oferecer maior proteção ao bosque e aos usuários que participam das atividades de educação ambiental feitas no espaço. O acesso ao bosque será feito por um único portão.
