Revisão do IBGE leva PIB de 2003 de menos 0,2% para mais 0,5%

Os resultados das Contas Nacionais do Brasil relativas a 2003, revisados e consolidados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) do país, fechou o ano com crescimento de 0,5% e não em queda de 0,2%, conforme os números preliminares divulgados pelo Instituto.

Com o crescimento de 0,5%, e adotado um deflator implícito de 15,0%, o PIB – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – alcançou, em valores correntes, R$ 1,556 trilhão. Apesar do aumento, a renda per capita ficou em R$ 8.694,5 – uma queda real de 0,9% em relação a 2002.

Os dados revisados pelo IBGE indicam que a Agropecuária continuou sendo o setor mais dinâmico da economia ao crescer 4,5%, com os Serviços variando 0,6% e a Indústria permanecendo estável.

Ao explicar a passagem de negativo para positivo no desempenho da economia em 2003, o IBGE justificou explicando que a mudança deveu-se a introdução, no indicador, da nova série da Pesquisa Industrial Mensal (Pim), que afetou, principalmente os resultados dos segmentos das industrias de extrativa mineral, de transformação e, principalmente, da construção civil.

"Essa introdução da Pim – prevista em uma nota técnica publicada em seu site pelo IBGE – foi uma das responsáveis por essa mudança", afirma Roberto Olinto, gerente de Contas Trimestrais do Instituto.

Segundo ele, também contribuiu positivamente para a mudança a introdução de dados relativos a nova série do crescimento demográfico estimado pela coordenação de População e Indicadores Sociais, a série de produção ambulatorial do Sistema Único de Saúde (SUS), e os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2003.

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