O vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Edson Vidigal, participou na última quinta-feira da reunião do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a convite do presidente da Ordem, advogado Rubens Aprobatto Machado. O encontro serviu para reaproximar as duas instituições que estiveram em posições opostas em algumas questões relacionadas à reforma do judiciário.
Ao convidar o vice-presidente do STJ para compor a mesa diretora dos trabalhos, o presidente da OAB disse que embora a Ordem tivesse divergências de opinião e discordasse de algumas formas de ação de alguns tribunais, em especial o próprio STJ, essas divergências não poderiam interferir no bom relacionamento das duas instituições porque elas são importantes operadoras do direito.
Aplaudido pelo plenário, o ministro Edson Vidigal afirmou que é importante para o judiciário ter suas instituições livres e limpas, “a pusilanimidade não pode ser uma característica dos magistrados porque a sociedade tem o direito ter juizes que, no cumprimento do dever, não têm medo de exercer plenamente suas funções”, disse Vidigal.
O ministro ressaltou a importância de o país ter tribunais livres e independentes para que a sociedade possa exigir e conquistar seus direitos e para que os próprios advogados tenham condições de exercer plenamente suas atividades. “Sem tribunais livres, aos advogados estaria reservado um mero exercício de dramaturgia, como ocorre nos países onde não prevalece o estado democrático de direito”, afirmou.
Para o vice-presidente do STJ, é importante a aproximação das instituições operadoras do direito. Segundo ele o Superior Tribunal já vem fazendo essa aproximação, não só com organizações, associações e instituições de advogados e magistrados, como com o Ministério Público e com o Ministério da Justiça, onde são freqüentes os contatos com o ministro Márcio Thomaz Bastos.
