Enquanto representantes de diversos países participam da 47ª reunião anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), integrantes de movimentos socais realizam em Belo Horizonte, de 1º a 4 de abril, um evento paralelo de contraposição ao atual modelo de desenvolvimento. A reunião do BID tem início amanhã (29), com seminário sobre inovações tecnológicas e competitividade. As reuniões plenárias vão de 3 a 5 de abril.
O encontro paralelo será aberto por uma marcha nas ruas de Belo Horizonte seguida pela plenária "Um projeto popular para o Brasil". "Para discutir esse projeto temos que fazer uma discussão sobre as instituições financeiras multilaterais como Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que são aqueles que hoje impõem ao resto do mundo o projeto neoliberal", explica Dirlene Marques, coordenadora do Comitê Mineiro do Fórum Social Mundial.
Ao final dos quatro dias de discussão deve ser aprovada uma carta com a sistematização dos consensos construídos ao longo do encontro. Temas como economia popular e solidária, estratégias para a construção da agroecologia e impactos negativos dos grandes projetos agropecuários e do agronegócio serão amplamente debatidos em seminários e oficinas. A expectativa dos organizadores é de que de 2.500 a 3.000 pessoas participem das discussões.
O Encontro dos Movimentos Sociais Mineiros contra as Políticas Destrutivas das Instituições Financeiras Multilaterais (FMI e BID) e por um Projeto Popular e Soberano para o Brasil reúne em uma programação única a agenda de três grandes movimentos: Fórum Social Mineiro, Tribunal do Latifúndio e Encontro Estadual da Agroecologia.