Foi adiada a reunião que estava marcada para o próximo dia 9, segunda-feira, entre o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, e o ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas, em La Paz. Segundo comunicado conjunto dos dois ministros divulgado nesta quinta-feira (5) pelo Ministério de Minas e Energia, o adiamento foi acertado entre os dois governos e tem como objetivo "permitir que a YPFB (estatal boliviana) e a Petrobrás disponham do tempo necessário para avançar na avaliação das propostas técnicas bilaterais em andamento".
O comunicado não menciona uma nova data para o encontro, mas diz que os dois ministros esperam realizar o encontro "no mais breve prazo possível". Nessa reunião, os dois ministros tratariam do preço do gás boliviano vendido ao Brasil e de outros temas ligados ao decreto supremo do governo de La Paz que nacionalizou as reservas de hidrocarbonetos do País. A nota afirma ainda que a decisão de adiar a reunião "favorecerá o bom encaminhamento das negociações em curso".
Reajuste
A Petrobras anunciou nesta quinta-feira que o preço do gás natural importado da Bolívia foi reajuste no dia primeiro deste mês em 2,1%. Este gás abastece as companhias distribuidoras das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O reajuste, que acontece trimestralmente está previsto no contrato de importação do gás, válido até 2019.
Com o reajuste, o preço da commodity passou de US$ 3,68 por milhão de Btu (unidade britânica que mede o poder calorífico do energético) para US$ 3,76 por milhão de BTU. O porcentual ficou abaixo do que havia sido previsto no início do mês de setembro pelo diretor de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer, devido a uma redução acentuada durante o mês de setembro no valor da cesta de óleos internacional que rege o preço do gás.
Segundo nota divulgada pela Petrobras à imprensa nesta quinta-feira, com o reajuste, o preço médio de venda, incluindo a tarifa de transporte, passou de US$ 5,39 por milhão de BTU para US$ 5,47 por milhão de BTU, o que representa um reajuste de 1,48%.