Reunião de líderes termina sem consenso sobre reforma eleitoral

O novo presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB), se reuniu, nesta quinta-feira, com líderes partidários para discutir as reformas políticas e eleitoral. As mudanças nas regras eleitorais devem ser feitas até o final da semana para que possam valer nas próximas eleições.

No entanto, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que está no plenário da Câmara, aumenta esse prazo para o final de dezembro. Pela manhã, Rebelo também manteve reunião de cerca de uma hora com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Os líderes não chegaram a um consenso em torno da PEC, de autoria do deputado Ney Lopes (PFL-RN) e ficou definida a constituição de uma comissão para discutir a proposta e estabelecer quais mudanças seriam feitas na lei eleitoral. "A PEC só será aprovada se houver acordo sobre as mudanças que serão feitas na lei eleitoral", disse o líder do PSDB, Alberto Goldman (SP).

Para o líder do PSB, Renato Casagrande (ES), independente da polêmica, a casa precisa dar continuidade aos trabalhos. Ele defendeu a aprovação de uma minirreforma eleitoral que está na Comissão de Constituição e Justiça e reduz os custos de campanha, com o fim da distribuição de brindes e da realização de showmícios, além de uma punição mais rigorosa para crimes de caixa dois.

Para a PEC ser aprovada, são necessários 308 votos (três quintos dos 513 deputados). Antes de sua apreciação, o plenário da Câmara precisa votar cinco Medidas Provisórias, entre elas, a que cria a Super Receita. Na próxima terça-feira, os líderes voltam a se encontrar para definir a pauta de votações da Casa.

A reforma política reúne temas em torno dos quais ainda não há consenso, entre eles, o financiamento público para campanhas eleitorais e as cláusulas de barreira (que eliminariam alguns partidos que não tivessem um certo número de votos registrado no país).

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo