O tesoureiro da campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, José de Filippi Júnior, teve hoje a primeira reunião com o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, para discutir questões eleitorais. Entre os pontos levantados estava o estabelecimento de um limite de gastos da campanha. O encontro ocorreu na sede da legenda em São Paulo e teve a participação do secretário de Finanças do partido, Paulo Ferreira, que pode ficar com a logística da campanha, encarregado da aplicação dos recursos arrecadados por Filippi.
Durante o auge da crise do mensalão, vários integrantes da sigla entre eles o próprio presidente Lula, sugeriram que o PT passasse a separar as finanças partidárias das estruturas financeiras das campanhas. Ferreira disse que uma eventual indicação sua para cuidar das despesas da campanha de 2006 seguirá essas sugestões. "Quem vai ter relações com os setores é o Filippi, não sou eu. Eu vou cuidar do zelo dos contratos, se for assim determinado", afirmou.
Ferreira não revelou qual será o limite de gastos nesta campanha do PT para eleição presidencial, mas disse achar razoável "que o custo seja o mesmo (da de 2002), mais a inflação (no período)". Ele disse ainda que Filippi não deve encontrar dificuldades para captar fundos para a campanha e que o escândalo do caixa 2 petista não pesará de forma determinante na decisão por contribuir dos empresários e pessoas físicas que quiserem se engajar na reeleição de Lula. "Todo mundo mais esclarecido sabe que o PT não é e não foi o primeiro partido brasileiro na história recente a ter informalidade nas suas contas", concluiu.
Filippi também ficou encarregado de apresentar os nomes que vão compor o Comitê Financeiro.