Reunião com governo “foi uma choradeira”, diz Paulinho

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, afirmou que saiu "chateado" com o resultado da reunião em que dirigentes das centrais sindicais e ministros discutiram um novo valor para o salário mínimo. O sindicalista disse que não esperava sair com uma proposta do governo, mas esperava que o governo pudesse, já, "colocar algumas questões". Segundo ele, havia cinco ministros na reunião, e nenhum deles apresentou a proposta do governo.

"Foi uma choradeira danada. Eles disseram que a política econômica do governo é a melhor do mundo, mas nós não concordamos. Achamos que ela só beneficia o sistema financeiro", afirmou o presidente da Força Sindical. Ele acrescentou que nenhum dos ministros mencionou nem ao menos a possibilidade de correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física.

Ele afirmou que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, não reafirmou a sua proposta de um reajuste de 3% na tabela em janeiro e de 3% em 2008. Paulo Pereira criticou a posição dos ministros: "Não podemos ficar o ano que vem todo discutindo essa questão. Como tudo, no governo Lula, é tudo muito demorado", disse o sindicalista.

Já o presidente da CUT (Central Única de Trabalhadores), Artur Henrique da Silva Soares, avaliou que a presença de cinco ministros na reunião mostra a preocupação do governo em debater a questão do salário mínimo. Ele disse esperar que o governo apresente uma proposta na próxima reunião, marcada para quinta-feira.

Segundo Silva Soares, os ministérios da Fazenda e da Previdência ficaram de apresentar os números sobre o impacto do reajuste do mínimo nas contas do governo. Ele disse que, na reunião de hoje, não se discutiram valores.

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