A queda no IGP-M de janeiro sobre dezembro, segundo divulgado há pouco pela FGV, se deve principalmente à forte retração dos preços por atacado, principalmente no índice de matérias-primas brutas, que caiu 1 70 pontos porcentuais, caindo de 1,19% para -0,51%. Segundo a FGV a desaceleração neste item reflete uma queda de preço nos alimentos. Dos 14 itens que compõem este subgrupo, 10 apresentaram retração e oito, destes dez, tiveram deflação.

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Mereceu destaque da equipe econômica da FGV a queda no preço de aves (-5,27% ante 3,79% em dezembro), bovinos (-3,24% ante 3,09%) e suínos (-3,24% ante 6,44%). Ainda com referência aos preços de atacado, a FGV destaca que a desaceleração verificada nos bens intermediários (de 0,63% para 0,39%) se deveu principalmente à redução do impacto do aumento da gasolina anunciado em 26 de novembro, sobre o índice geral dos preços. O preço da gasolina apurado nesta pesquisa divulgada hoje baixou de 1,07% para -0,70%.

No varejo, as principais influência sobre o IPC, índice que compõe o IGP-M divulgado hoje pela FGV, teve maior influência dos grupos de Alimentação e Educação, leitura e Recreação. No primeiro caso, a taxa passou de 0,24% para 1,09% e no segundo grupo, o incremento da taxa de variação foi maior: de 0,31% em dezembro para 2,23%, em decorrência principalmente do impacto dos reajustes escolares, além de aumento nas tarifas aéreas, pousadas e hotéis por causa do período de férias.

O grupo Transportes, que vinha apresentando alta nos indicadores anteriores, em decorrência do reajuste da gasolina anunciado em 26 de novembro, houve uma desaceleração de 1,14% para 0,34%. A desaceleração também foi verificada no setor de Vestuário (de 1,42% para 0,73%). Nos demais grupos houve aceleração: Habitação (de 0,30% para 0,48%), Saúde (de 0,24% para 0,31%) e Despesas Diversas (de 0,85% para 0,90%).

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