Rio ? As vendas de produtos siderúrgicos para o mercado brasileiro, no ano passado, somaram 16,061 milhões de toneladas. Esse número indica retração de 9,7% em relação ao ano de 2004. O motivo, segundo o vice-presidente executivo do Instituto Brasileiro de Siderurgia, Marco Polo de Mello Lopes, foi a política monetária austera do governo, que refreou o consumo.
Apesar da queda, Mello Lopes afirmou à Agência Brasil que "o abastecimento do mercado interno sempre foi e continuará sendo a prioridade para a indústria siderúrgica brasileira". Segundo ele, "a razão da existência" do setor siderúrgico é o mercado interno, "mas, quando não há demanda, a siderurgia tem que se voltar para a exportação acima do que seria desejado".
O IBS espera que neste ano o mercado interno tenha um comportamento melhor que ano passado, por causa da possível redução de taxas de juros. Mello Lopes lembrou da promessa do governo sobre a retomada de investimentos na área de infra-estrutura. "Além disso, 2006 é um ano eleitoral. Então, a perspectiva é mais otimista", afirmou.
A previsão do setor para 2006 é de produção em torno de 32,9 milhões de toneladas, com aumento de 4,1% sobre 2005. As exportações deverão alcançar 13 milhões de toneladas (incremento de 3,1%), já para o mercado interno deverão ser destinados 10,7 milhões de toneladas de aços longos (crescimento de 10,2% sobre 2005) e 6,3 milhões de toneladas de aços planos, segundo dados do instituto.
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