Retorno de brasileiro condenado na Irlanda, gera protestos no país

A volta do brasileiro Weldo Freitas Cavalcante, de 23 anos, ao Brasil está causando protestos na Irlanda. Ele foi preso em julho de 2004 na cidade irlandesa de Cavan, acusado de manter relações sexuais com a adolescente Jamie Farrelly Maughan, de 14 anos. A garota foi encontrada morta dias depois de desaparecer, por causa de uma overdose de ecstasy, consumida na casa de Cavalcante.

O brasileiro, que não foi acusado pela morte, ficou preso até o último dia 7 de janeiro. Ele havia sido condenado a 2 anos por causa das relações, mas, pela legislação, teve 6 meses de pena perdoados. Três dias após sair da prisão, embarcou para o Brasil, com passagem paga pela embaixada brasileira em Dublin, que forneceu um documento de viagem. O passaporte estava retido com autoridades irlandesas.

Segundo o jornal "Irish Independent", ele devia ter ido a uma audiência sobre o inquérito ontem. O advogado da família da garota disse que há "muitas perguntas sem resposta".

De acordo com a Assessoria de Imprensa do Ministério das Relações Exteriores, Cavalcante não tinha obrigação legal de comparecer. A assessoria informou, ainda, que desde outubro a embaixada vinha negociando a repatriação e pagou a passagem porque ele não tinha emprego, temia pela sua vida e não tinha recursos, assim como sua família, para bancar a viagem.

O ministério disse ainda que as autoridades irlandesas foram comunicadas novamente, na saída de Cavalcante da prisão, da intenção de enviá-lo ao Brasil e não houve oposição. Pelo contrário, o governo irlandês teria pago até três diárias de hotel para o brasileiro, enquanto ele aguardava o embarque.

O ministério informou ainda que, se a Justiça irlandesa quiser ouvi-lo, basta fazer uma solicitação oficial. Segundo o órgão, ele tem endereço conhecido e está com a família.

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