Foi uma ótima notícia trazida pelo ministro-chefe da Secretaria dos Portos, Pedro Brito, na última quinta-feira. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal colocou entre seus projetos prioritários a dragagem do Canal da Galheta, fundamental para a modernização do Porto de Paranaguá. Serão investidos R$ 60 milhões, a partir já do mês que vem.
O governo federal assumiu o assunto porque sabe que o Porto de Paranaguá precisa ser recuperado com urgência. Não é um tema apenas para o povo paranaense, mas para a economia brasileira. O porto é um importante corredor de exportação, ainda mais se pensarmos que boa parte da produção agrícola brasileira vem do sul do País. Esta produção tinha no litoral paranaense seu grande local de saída para o exterior. Isto até algum tempo atrás.
Hoje, não é mais assim. Os portos de Santos (SP) e São Francisco do Sul (SC) ganharam em agilidade e diminuíram burocracia para atender melhor os exportadores. Enquanto isso, a administração paranaense só se preocupa com factóides, o que é habitual no trabalho do atual governo.
Isto fica claro quando se vê a reação oficial ao anúncio do ministro Pedro Brito. Em vez de valorizar a ação do governo federal, que colabora decisivamente para o desenvolvimento do Paraná, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) prefere reclamar da reunião do ministro com uma comitiva da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). ?A Fiep não convidou e nem consultou os portos. Aliás, a Fiep não conhece nossos portos. Ao contrário do ministro Pedro Brito, que desde que assumiu já esteve em Paranaguá duas vezes e é conhecedor dos nossos portos. Essa é a oposição burra do Estado do Paraná?, atirou a Appa, através de seu superintendente, o irmão mais velho do governador.
É mais uma reação descabida e desprovida de esperteza. Se não gosta da ação da Fiep, que se converse internamente para se chegar a um ponto comum. Mesmo assim, que se valorize o incentivo federal. Mas não – nada do que acontece no Paraná é bom para o governador e seus áulicos se não há o carimbo da administração estadual. Como pouco vem sendo feito, eles devem estar achando tudo muito chato.
