O Ministério Público Estadual paulista, segundo o procurador-geral da Justiça, Rodrigo Pinho, reuniu ?fartas provas? sobre fraudes em diversas licitações realizadas pela Prefeitura de Ribeirão Preto, incluindo a gestão do ministro Antônio Palocci.
O pronunciamento do procurador deu-se ato contínuo à entrevista coletiva do ministro da Fazenda, reafirmando evidências concretas de favorecimento a determinadas empresas, mediante ajustes prévios para a qualificação da empresa vencedora da licitação e o preço a ser estabelecido.
Rodrigo Pinho não titubeou em nominar a referida prática de ?conluio?, adiantando que a mesma ocorreu também em outros municípios da região de Ribeirão Preto, como Matão, Sertãozinho e Monte Alto. O Ministério Público investiga, no dizer do procurador-geral, um megaesquema de fraude na licitação do lixo em vários municípios, em diversas gestões, incluindo ?a do ministro Palloci?.
Não haveria de ser por mero desejo de ocupar espaço na mídia que um procurador-geral da Justiça correria o risco de manchar a reputação do posto ou da instituição que dirige, ao alertar a nação da ousadia do processo corruptor. Cabe à autoridade apurar a verdade dos fatos e aos indiciados prestar os esclarecimentos necessários.
Como afirma o presidente Lula, os pretensos culpados devem pagar o preço, mas aos inocentes que se peça desculpas. Está combinado.
