Resgate prevê encontrar sétima vítima da cratera até domingo

O Corpo de Bombeiros pretende localizar até domingo o corpo do contínuo Cícero Augustinho da Silva, de 60 anos, apontado como a sétima vítima do desabamento das obras da futura estação Pinheiros do metrô. O resgate está concentrado a 5 metros da entrada do túnel abaixo da Rua Capri, na área onde foi localizado o microônibus com quatro vítimas e o corpo de Abigail Azevedo, de 75 anos. Os bombeiros tentam chegar ao possível lugar, rastreado pelas duas cadelas farejadoras, escavando até a entrada do túnel. Uma equipe de 20 homens, com o apoio de 6 retroescavadeiras, alcançavam 28 metros de profundidade ontem, na escavação. ?No ritmo de trabalho e com o solo estável, sem chuvas, esperamos retirar toda a terra do local até domingo?, disse o capitão Mauro Lopes, porta-voz do Corpo de Bombeiros no resgate das vítimas.

A retirada dos escombros na cratera está em ritmo acelerado após a estabilização do terreno. Os bombeiros suspenderam as buscas no fim de semana para a desmontagem da grua, enquanto funcionários das empresas do Consórcio Via Amarela, responsável pela construção da linha 4 do metrô, fizeram uma parede no túnel para evitar novos deslizamentos de terra. ?O resgate não parou porque efetuamos a estabilização do terreno para termos maior segurança. Colocamos uma espécie de ?tampão? no túnel, podendo assim retirar os escombros sem riscos de novos desabamentos?, ressaltou Lopes.

De acordo com o capitão, os trabalhos de buscas pela possível sétima vítima na cratera do metrô seguiram um cronograma após a retirada do microônibus dos escombros, na sexta-feira. ?Quando encontramos a sexta vítima (o agente ambiental Márcio Rodrigues Alambert) decidimos limpar o túnel e colocar o tampão. Foi um trabalho que não foi visto pela imprensa, mas em momento algum paramos as buscas. Na segunda-feira, com mais segurança para trabalhar e sem a grua instalada no local, retomamos a escavação quando as retroescavadeiras puderam nivelar a cratera com platôs (degraus).

Ao resgatar o corpo de Alambert, o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Antônio dos Santos, afirmou que o trabalho dos seus homens a partir disso seria apenas o de ?observadores.? Ontem, o capitão Lopes afirmou que o trabalho da Polícia Civil – que admitiu a presença do contínuo na cratera pelo rastreamento de suas ligações e o depoimento de testemunhas – só reforçava a ?convicção maior de que ele está lá?.

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