As reservas internacionais brasileiras superaram, pela primeira vez, a dívida externa do setor público não-financeiro, antecipou hoje o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Os dados divulgados hoje pelo Banco Central apontaram reservas internacionais líquidas de US$ 64,4 bilhões. Segundo o ministro, a dívida externa da União está em cerca de US$ 63,3 bilhões. Os últimos dados disponíveis, relativos a maio, indicavam passivo externo não-financeiro da União de US$ 76,7 bilhões e posição ativa do Banco Central no câmbio de US$ 8,2 bilhões (essa diferença representava endividamento líquido de US$ 68,4 bilhões).

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Segundo o ministro, o governo Lula conseguiu aumentar as reservas, permitindo que o governo passe a ter mais a receber do que a pagar. "É um feito importante, talvez pela primeira vez na história do País", comentou. De acordo com ele, o avanço nas contas externas dá tranqüilidade para o País enfrentar turbulências no cenário internacional.

Mantega afirmou que a redução do endividamento é uma meta atingida pelo governo para a redução da vulnerabilidade da economia, o que permite agora o crescimento sustentado do País. "Agora, o nosso crescimento não será interrompido". Segundo ele, sem a redução da vulnerabilidade, o País não poderia ter um crescimento sustentado porque o País ficaria dependente de capitais externos.

Com as condições atingidas hoje, o ministro ressaltou que é possível a economia brasileira passar ao largo das tormentas nos mercados internacionais. Mantega ainda afirmou que o presidente Lula ficou muito satisfeito porque a redução da vulnerabilidade era um dos objetivos do seu governo.

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