O Brasil acumulou a marca de US$ 100 bilhões em reservas internacionais pela primeira vez em sua história. Segundo os dados divulgados hoje pelo Banco Central (BC), pelo conceito de liquidez internacional, as reservas brasileiras subiram US$ 644 milhões ontem, atingindo US$ 100,360 bilhões.
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, sinalizou ontem, durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que o BC vai continuar a sua política de composição de reservas iniciada em 2004.
Respondendo a críticas sobre o elevado custo de manutenção das reservas, Meirelles argumentou que a composição das reservas aumenta a confiança no País e diminuiu o risco.
Porém o mercado financeiro debate sobre até que ponto os benefícios em se manter tantos recursos "parados" são superiores aos custos que esta decisão traz. Ao contrário de todo o empenho em marketing explorado ao final de março de 2005, quando as exportações brasileiras acumuladas em 12 meses passaram dos US$ 100 bilhões, o governo deve ser mais discreto agora, na avaliação de economistas consultados pela Agência Estado.
O custo do Brasil em armazenar os US$ 100 bilhões por ano chega a US$ 5 bilhões ao ano, de acordo com cálculos do economista da MB Associados Sérgio Vale.