O governador Roberto Requião recomendou a adoção de um modelo híbrido de administração nas penitenciárias, com a terceirização da cozinha e de algumas funções administrativas, de atendimento psicológico, médico e enfermagem. A sugestão foi feita durante reunião da Operação Mãos Limpas, desta segunda-feira (18). Requião garantiu que vai conservar a função pública do agente penitenciário, do diretor e de alguns postos de comando dessas penitenciárias. ?Essas unidades continuam públicas. Mas alguns serviços não podem ser interrompidos por falta de profissionais qualificados?, afirmou.
Para o secretário da Justiça e Cidadania, Aldo Parzianello, a terceirização de alguns serviços abre oportunidades para a participação da sociedade no controle do sistema penitenciário. Parzianello informou que as penitenciárias de Londrina, Piraquara e Cascavel poderão ser entregues antes do tempo previsto em contrato. Elas estarão totalmente concluídas entre março e abril de 2006, cerca de dois meses antes do prazo previsto de 10 meses. ?Isso está sendo possível graças a uma nova tecnologia que torna a execução da obra mais rápida?, explicou.
Operações
Requião manifestou preocupação em manter a presença do Estado em locais e regiões que foram alvo de operações policiais ostensivas como na Vila Zumbi dos Palmares, em Colombo, Vila das Torres e Vila Pinto, em Curitiba, e em Londrina.
O governador renovou a determinação de que as ações policiais sejam seguidas de ações sociais. ?Quero a presença do Estado em todas as localidades de concentração de populações pobres?, afirmou, completando que, sem a presença do Estado, essas comunidades viram alvo fácil de grupos de transgressores.
O chefe da Delegacia Regional do Trabalho (DRT) do Paraná, Geraldo Serathiuk, sugeriu que as ações sociais empreendidas após a ação policial devem ser unificadas. Nos próximos dias será marcada uma audiência com o governador para definir uma ação conjunta entre todos os órgãos sociais que prestam serviços à comunidade.
